quarta-feira, 31 de dezembro de 2014




Eu olho para ti
através do tempo
e vejo-te maior e mais bela que a imensidão da paz.

Pudesse eu beijar teus lábios
mais de mil vezes de novo pela primeira vez
e acariciar-te lentamente a face
para comprovar que és de verdade
quando vibras, de ternura, tangida em meu abraço,
E eu te provaria
que sou um aprendiz de corais,
que te dedica a inocência
gravada no centro da alma.

A vida também se adivinha na sombra do silêncio
mas eu quero dizer-te que este amor
é de um eterno renascer,
onda atrás de onda
que me traz de mansinho
a tua luz de rosa,
fluída e sucessiva,
e o teu manancial de música de pele
que eu desejo e misturo ao crepúsculo
e aos sonhos que nos tornam mais humanos.

Assim te quero como
meu céu, ar, mar, terra, e meu fogo
dentro do meu coração e sob o tacto de minhas mãos
para sempre.


aj c.

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