sábado, 28 de fevereiro de 2015

Elétron-volt

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
elétron-volt (português brasileiro) ou eletrão-volt (português europeu) é uma unidade de medida de energia. Equivale a 1,602 177 33 (49) x 10-19 joules1 Seu símbolo é eV e seu plural, elétrons-volt ou eletrões-volt. Por definição, um elétron-volt é a quantidade de energia cinética ganha por um único elétron quando acelerado por uma diferença de potencial elétrico de um volt, no vácuo.
É comum especificar a capacidade de um acelerador de partículas com a unidade elétron-volt. Por exemplo, o Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collisor, LHC) pode alcançar até 14 TeV (teraelétrons-volt ou trilhões de elétrons-volt). Isso significa que essa máquina é capaz de acelerar dois feixes de partículas (no caso, prótons) em sentidos contrários até que tenham energia cinética de 14 TeV um em relação ao outro, para então colidirem e produzirem os fenômenos físicos a serem investigados. Isso equivale a uma velocidade de 99,999999% da velocidade da luz.2 Pode-se também dizer que o LHC pode alcançar até 7 TeV por feixe 2 (como são dois feixes em sentidos contrários, a energia total de colisão entre eles é de 14 TeV).

Uso do eV em unidades de outras grandezas físicas[editar | editar código-fonte]

Outras grandezas físicas, como a massa, podem ser expressas em termos do elétron-volt. No caso da massa, a sua relação com o elétron-volt vem da equação E = mc2, dateoria da relatividade restrita, que expressa a equivalência entre massa e energia. Aqui, E representa a energia, m a massa e c a velocidade da luz no vácuo, igual a 2,99792458 x 108 m/s. Assim, se a energia é medida em elétrons-volt, a unidade de massa pode ser expressa como "eV/c2". Por exemplo, pode-se dizer que o elétron temmassa de repouso de 0,511 MeV/c2. Isso significa que, se sua massa de repouso fosse completamente convertida em energia, resultaria em 0,511 MeV.
Porém, é comum, na linguagem científica, abreviar-se essa unidade de massa para simplesmente eV, sem o fator c2. Para isso, considera-se que estejam sendo utilizadas unidades de medida tais que c = 1. 3 Diz-se então que o elétron tem "massa de repouso de 0,511 MeV".

Múltiplos do Elétron-Volt[editar | editar código-fonte]

Existem vários múltiplos do Elétron-Volt, que são largamente utilizados na física atômicanuclear e de partículas, que são:
  • keV (quilo eV): mil elétrons-volt = 10^3 elétrons-volt.
  • MeV (mega eV): 1 milhão de elétrons-volt = 10^6 elétrons-volt.
  • GeV (giga eV): 1 bilhão (mil milhões) de elétrons-volt = 10^9 elétrons-volt.
  • TeV (tera eV): 1 trilhão (mil bilhões) de elétrons-volt = 1012 elétrons-volt.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

grueling

[groo-uh-ling, groo-ling] 
 
adjective
1.
exhausting; very tiring; arduously severe:
the grueling Boston marathon.
noun
2.
any trying or exhausting procedure or experience.
Also, especially British, gruelling.
Origin
1850-1855
1850-55; slang gruel punishment (noun), punish (v.) + -ing2-ing1
Related forms
gruelingly, adverb
Dictionary.com Unabridged
Based on the Random House Dictionary, © Random House, Inc. 2015.
Cite This Source
Examples from the web for grueling
  • The grueling schedule that many doctors go through to train as specialists isabout to ease.
  • They put themselves through grueling marathons of public scrutiny.
  • Business travel is grueling enough without having to put up with someoneyou don't know well for the entire evening.
British Dictionary definitions for grueling

gruelling

/ˈɡruːəlɪŋ/
adjective 
1.
severe or tiring: a gruelling interview
noun 
2.
(informala severe experience, esp punishment
Word Origin
C19: from now obsolete vb gruel to exhaust, punish

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Um homem rico, sentindo-se morrer, pediu papel e pena, e escreveu:

“Deixo os meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres”


Morreu antes de pontuar o texto! A quem deixaria ele a fortuna?

* À irmã? 
* Ao sobrinho? 
* Ao alfaiate?
* Aos pobres?


O juíz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade. 
Um deles, tomando o original, fez esta pontuação:

“Deixo os meus bens à minha irmã? Não! Ao meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres”


A irmã pontuou-o da seguinte maneira:

"Deixo os meus bens a minha irmã. Não a meu sobrinho! Jamais será paga a conta do alfaiate! Nada aos pobres..."


O sobrinho, por sua vez...

"Deixo os meus bens a minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres."


O Alfaiate...
"Deixo os meus bens a minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate... Nada aos pobres."



De facto, a pontuação dá sentido ao texto...

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Die Jahreszeiten, Hob. XXI:3 "Der Winter": No. 26, Dann bricht der große...


Tarja Branca / Drops Of Joy Trailer Oficial #1


tarja branca: a revolução que faltava






Towards a Grand Unified Theory of Mathematics and Physics

tidy

 (redirected from tidier)
Also found in: LegalWikipedia.

ti·dy

  (tī′dē)
adj. ti·di·erti·di·est
1.
a. Orderly and clean in appearance: keeps the apartment tidy.
b. Given to keeping things clean and in order: tidy housekeeper.
2. Informal Adequate; satisfactory: tidy arrangement.
3. Informal Substantial; considerable: tidy sum.
v. ti·diedti·dy·ingti·dies
v.tr.
To clean or put in order: tidied up the house.
v.intr.
To make things clean or orderly: tidied up after dinner.
n. pl. ti·dies
decorative protective covering for the arms or headrest of a chair.

[Middle English tidiin season, healthyfrom tidetimesee tide1.]

ti′di·ly adv.
ti′di·ness n.
In the Brain, Romantic Love Is Basically an Addiction

Não há senão duas atitudes em relação à vida: ou a sonhamos ou a cumprimos.
René Char (1907-1988).


sábado, 14 de fevereiro de 2015

há uma linha fina entre genialidade e insanidade

NASA | A View From The Other Side


Lembras-te, meu amor,
Das tardes outonais,
Em que íamos os dois,
Sozinhos, passear,
Para fora do povo
Alegre e dos casais,
Onde só Deus pudesse
Ouvir-nos conversar?
Tu levavas, na mão,
Um lírio enamorado,
E davas-me o teu braço;
E eu, triste, meditava
Na vida, em Deus, em ti…
E, além, o sol doirado
Morria, conhecendo
A noite que deixava.
Harmonias astrais
Beijavam teus ouvidos;
Um crepúsculo terno
E doce diluía,
Na sombra, o teu perfil
E os montes doloridos…
Erravam, pelo Azul,
Canções do fim do dia.
Canções que, de tão longe,
O vento vagabundo
Trazia, na memória…
Assim o que partiu
Em frágil caravela,
E andou por todo o mundo,
Traz, no seu coração,
A imagem do que viu.
Olhavas para mim,
Às vezes, distraída,
Como quem olha o mar,
À tarde, dos rochedos…
E eu ficava a sonhar,
Qual névoa adormecida,
Quando o vento também
Dorme nos arvoredos.
Olhavas para mim…
Meu corpo rude e bruto
Vibrava, como a onda
A alar-se em nevoeiro.
Olhavas, descuidada
E triste… Ainda hoje escuto
A música ideal
Do teu olhar primeiro!
Ouço bem tua voz,
Vejo melhor teu rosto
No silêncio sem fim,
Na escuridão completa!
Ouço-te em minha dor.
Ouço-te em meu desgosto
E na minha esperança
Eterna de poeta!
O sol morria, ao longe;
E a sombra da tristeza
Velava, com amor,
Nossas doridas frontes.
Hora em que a flor medita
E a pedra chora e reza,
E desmaiam de mágoa
As cristalinas fontes.
Hora santa e perfeita,
Em que íamos, sozinhos,
Felizes, através
Da aldeia muda e calma,
Mãos dadas, a sonhar,
Ao longo dos caminhos…
Tudo, em volta de nós,
Tinha um aspecto de alma.
Tudo era sentimento,
Amor e piedade.
A folha que tombava
Era alma que subia…
E, sob os nossos pés,
A terra era saudade,
A pedra comoção
E o pó melancolia.
Falavas duma estrela
E deste bosque em flor;
Dos ceguinhos sem pão,
Dos pobres sem um manto.
Em cada tua palavra,
Havia etérea dor;
Por isso, a tua voz
Me impressionava tanto!
E punha-me a cismar
Que eras tão boa e pura,
Que, muito em breve — sim!
Te chamaria o céu!
E soluçava, ao ver-te
Alguma sombra escura,
Na fronte, que o luar
Cobria, como um véu.
A tua palidez
Que medo me causava!
Teu corpo era tão fino
E leve (oh meu desgosto!)
Que eu tremia, ao sentir
O vento que passava!
Caía-me, na alma,
A neve do teu rosto.
Como eu ficava mudo
E triste, sobre a terra!
E uma vez, quando a noite
amortalhava a aldeia,
Tu gritaste, de susto,
Olhando para a serra:
— Que incêndio! — E eu, a rir,
Disse-te — É a lua cheia!…
E sorriste também
Do teu engano. A lua
Ergueu a branca fronte,
Acima dos pinhais,
Tão ébria de esplendor,
Tão casta e irmã da tua,
Que eu beijei sem querer,
Seus raios virginais.
E a lua, para nós,
Os braços estendeu.
Uniu-nos num abraço,
Espiritual, profundo,
E levou-nos assim,
Com ela, até ao céu
Mas, ai, tu não voltaste
E eu regressei ao mundo.
Teixeira de Pascoaes, in Prosa e Poesia
Poema sugerido por António Mega Ferreira



poema_david
Eram, na rua, passos de mulher.
Era o meu coração que os soletrava.
Era, na jarra, além do malmequer,
espectral o espinho de uma rosa brava…
Era, no copo, além do gim, o gelo;
além do gelo, a roda de limão…
Era a mão de ninguém no meu cabelo.
Era a noite mais quente deste verão.
Era no gira-discos, o Martírio
de São Sebastião, de Debussy….
Era, na jarra, de repente, um lirio!
Era a certeza de ficar sem ti.
Era o ladrar dos cães na vizinhança.
Era, na sombra, um choro de criança…
David Mourão-Ferreira, in Infinito Pessoal
Poema sugerido por Nuno Júdice
poema_mario3
Ontem
às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria
Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros
Olha
como só tu sabes olhar
a rua os costumes
O Público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso
Não faz mal abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados maravilhosos únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso
Mário Cesariny, in Pena Capital
Poema sugerido por Maria do Rosário Pedreira
poema_ruy
Eu sei que deanie loomis não existe
mas entre as mais essa mulher caminha
e a sua evolução segue uma linha
que à imaginação pura resiste
A vida passa e em passar consiste
e embora eu não tenha a que tinha
ao começar há pouco esta minha
evocação de deanie quem desiste
na flor que dentro em breve há-de murchar?
(e aquela que no auge a não olhar
que saiba que passou e que jamais
lhe será dado ver o que ela era)
Mas em deanie prossegue a primavera
e vejo que caminha entre as mais
Ruy Belo, Homem de Palavra[s]
Poema sugerido por Eduardo Pitta
poema_mario2
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Mário Cesariny, in Pena Capital
Poema sugerido por José Mário Silva
poema_almeida
Acabava ali a Terra
Nos derradeiros rochedos,
A deserta árida serra
Por entre os negros penedos
Só deixa viver mesquinho
Triste pinheiro maninho.
E os ventos despregados
Sopravam rijos na rama,
E os céus turvos, anuviados,
O mar que incessante brama…
Tudo ali era braveza
De selvagem natureza.
Aí, na quebra do monte,
Entre uns juncos mal medrados,
Seco o rio, seca a fonte,
Ervas e matos queimados,
Aí nessa bruta serra,
Aí foi um Céu na Terra.
Ali sós no mundo, sós,
Santo Deus! como vivemos!
Como éramos tudo nós
E de nada mais soubemos!
Como nos folgava a vida
De tudo o mais esquecida!
Que longos beijos sem fim,
Que falar dos olhos mudo!
Como ela vivia em mim,
Como eu tinha nela tudo,
Minha alma em sua razão,
Meu sangue em seu coração!
Os anjos aqueles dias
Contaram na eternidade:
Que essas horas fugidias,
Séculos na intensidade,
Por milénios marca Deus
Quando as dá aos que são seus.
Ai! sim foi a trapos largos,
Longos, fundos que a bebi
Do prazer a taça — amargos
Depois… depois os senti
Os travos que ela deixou…
Mas como eu ninguém gozou.
Ninguém: que é preciso amar
Como eu amei — ser amado
Como eu fui; dar, e tomar
Do outro ser a quem se há dado,
Toda a razão, toda a vida
Que em nós se anula perdida.
Ai, ai! que pesados anos
Tardios depois vieram!
Oh! que fatais desenganos,
Ramo a ramo, a desfizeram
A minha choça na serra,
Lá onde se acaba a Terra!
Se o visse… não quero vê-lo
Aquele sítio encantado.
Certo estou não conhecê-lo,
Tão outro estará mudado,
Mudado como eu, como ela,
Que a vejo sem conhecê-la!
Inda ali acaba a Terra,
Mas já o céu não começa,
Que aquela visão da serra
Sumiu-se na treva espessa,
E deixou nua a bruteza
Dessa agreste natureza.
Almeida Garrett, in Folhas Caídas
Poema sugerido por Fernando Pinto do Amaral
poema_camoes
Um mover d’olhos brando e piadoso,
Sem ver de quê ; um sorriso brando e honesto,
quási forçado; um doce e humilde gesto,
de qualquer alegria duvidoso;
Um desejo quieto e vergonhoso;
um repouso gravíssimo e modesto;
ũa pura bondade, manifesto
indício da alma, limpo gracioso;
Um escolhido ousar; ũa brandura;
um medo sem ter culpa; um ar sereno;
um longo e obediente sofrimento:
Esta foi a celeste formosura
da minha Circe, e o mágico veneno
que pôde transformar meu pensamento.
Luís de Camões
Poema sugerido por Pedro Mexia
poema_maria
Morrer de amor
ao pé da tua boca
Desfalecer
à pele
do sorriso
Sufocar
de prazer
com o teu corpo
Trocar tudo por ti
se for preciso
Maria Teresa Horta, in Destino
Poema sugerido por Inês Pedrosa
poema_mario1
Tu estás em mim como eu estive no berço
como a árvore sob a sua crosta
como o navio no fundo do mar
                   Mário Cesariny, in Pena Capital
Poema sugerido por Manuel de Freitas
(Ilustrações e grafismo: Andreia Reisinho Costa)