O poema nasce, amadurece, mas nunca se completa.
abre-se
inventando as àguas
que dissolvem o medo.
De dentro de ti
o sol
acende-me as árvores,
paisagem de ouro verde,
designa-te na incandescência
da lua de abril.
Fruo
a cada brilho teu
o foco de um verso,
o sono calmo em que dormem
as palavras nos teus cabelos.
O poema vive de nós,
sílaba a sílaba,
desmancha-nos o amor
antes da chegada dos deuses.
No ar,
fica-nos de tudo,
para chegarmos ao que somos
Tu és o fruto em resposta ao tempo.
Podemos dançar
Eu sou a àgua a soar nas pedras.
Podemos cantar
Um novo poema jorrará da raíz da terra em espiral.
antónio carneiro
Sem comentários:
Enviar um comentário