segunda-feira, 13 de abril de 2015

O poema nasce, amadurece, mas nunca se completa.

abre-se
inventando as àguas
que dissolvem o medo.

De dentro de ti
o sol
acende-me as árvores,
paisagem de ouro verde,
designa-te na incandescência
da lua de abril.

Fruo
a cada brilho teu
o foco de um verso,
o sono calmo em que dormem
as palavras nos teus cabelos.

O poema vive de nós,
sílaba a sílaba,
desmancha-nos o amor
antes da chegada dos deuses.

No ar,
fica-nos de tudo,
para chegarmos ao que somos

Tu és o fruto em resposta ao tempo.
Podemos dançar

Eu sou a àgua a soar nas pedras.
Podemos cantar




Um novo poema jorrará da raíz da terra em espiral.

antónio carneiro

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