sexta-feira, 31 de julho de 2015
quinta-feira, 30 de julho de 2015
despondency
(dĭ-spŏn′dən-sē)
n.
Depression of spirits from loss of hope, confidence, or courage; dejection.
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Minha tabela periódica
fonte : http://www.blogdacompanhia.com.br/2015/07/minha-tabela-periodica/
Trecho do texto “My periodic table”, de Oliver Sacks, publicado originalmente no The New York Times.
Em uma recente edição da Nature, um artigo eletrizante escrito pelo físico ganhador do prêmio Nobel Frank Wilczek falava sobre uma nova maneira de calcular a sutil diferença de massa de nêutrons e prótons. O novo cálculo confirma que nêutrons são ligeiramente mais pesados que prótons — a relação de suas massas sendo 939.56563 e 938.27231 — uma diferença trivial, alguém pode pensar, mas, se fosse diferente, o universo como conhecemos poderia nunca ter se desenvolvido. A habilidade de calcular isto, para Dr. Wilczek, “encoraja-nos a prever um futuro em que física nuclear atinge o nível de precisão e versatilidade que a física atômica nunca atingiu” — uma revolução que, infelizmente, eu nunca irei ver.
Francis Crick estava convencido que “o maior problema” — o entendimento de como o cérebro dá origem à consciência — seria resolvido em 2030. “Você verá isto”, ele frequentemente dizia para meu amigo neurocientista Ralph, “e você verá também, Oliver, se viver até a minha idade”. Crick viveu até o fim de seus 80 anos, trabalhando e pensando sobre a consciência. Ralph morreu prematuramente aos 52 anos e, agora, eu estou doente terminal, aos 82. Devo dizer que não estou muito ligado no “grande problema” da consciência — de fato, eu não consigo ver como um problema no geral, mas fico triste que não verei a nova física nuclear que Dr. Wilczek prevê, nem centenas de outras reviravoltas nas ciências físicas e biológicas.
Há poucas semanas, no campo, longe das luzes da cidade, eu vi um céu inteiro “pulverizado de estrelas” (nas palavras de Milton); este céu, eu imaginei, pode ser visto apenas em altos e secos planaltos, como o Atacama, no Chile (onde está um dos mais poderosos telescópios do mundo). Foi o esplendor celestial que de repente me fez perceber quão pouco tempo, quão pouca vida eu tenho restante. Meu senso de beleza paradisíaca, de eternidade, foi inseparavelmente misturado com um senso de transitoriedade — e morte — para mim.
“Eu gostaria de ver um céu assim novamente quando eu estiver morrendo”, disse aos meus amigos Kate e Allen.
“Levaremos sua cadeira de rodas para fora”, eles disseram.
Eu tenho sido reconfortado desde que escrevi, em fevereiro, sobre ter câncer metastático, através das centenas de cartas que tenho recebido, as expressões de amor e valorização, e a sensação de que (apesar de tudo) eu tenho vivido uma vida boa e útil. Eu permaneço muito feliz e grato a tudo isso — ainda que nada disso me atinja como atingiu aquela noite cheia de estrelas.
Leia o texto completo (em inglês).
Trecho do texto “My periodic table”, de Oliver Sacks, publicado originalmente no The New York Times.
* * *
Espero ansiosamente, quase com avidez, pela chegada de jornais semanais como o Nature e Science, e me voltar de vez para artigos sobre ciências físicas — não, como talvez eu deveria, em artigos de biologia e medicina. São as ciências físicas que provocaram meu primeiro encanto quando menino.Em uma recente edição da Nature, um artigo eletrizante escrito pelo físico ganhador do prêmio Nobel Frank Wilczek falava sobre uma nova maneira de calcular a sutil diferença de massa de nêutrons e prótons. O novo cálculo confirma que nêutrons são ligeiramente mais pesados que prótons — a relação de suas massas sendo 939.56563 e 938.27231 — uma diferença trivial, alguém pode pensar, mas, se fosse diferente, o universo como conhecemos poderia nunca ter se desenvolvido. A habilidade de calcular isto, para Dr. Wilczek, “encoraja-nos a prever um futuro em que física nuclear atinge o nível de precisão e versatilidade que a física atômica nunca atingiu” — uma revolução que, infelizmente, eu nunca irei ver.
Francis Crick estava convencido que “o maior problema” — o entendimento de como o cérebro dá origem à consciência — seria resolvido em 2030. “Você verá isto”, ele frequentemente dizia para meu amigo neurocientista Ralph, “e você verá também, Oliver, se viver até a minha idade”. Crick viveu até o fim de seus 80 anos, trabalhando e pensando sobre a consciência. Ralph morreu prematuramente aos 52 anos e, agora, eu estou doente terminal, aos 82. Devo dizer que não estou muito ligado no “grande problema” da consciência — de fato, eu não consigo ver como um problema no geral, mas fico triste que não verei a nova física nuclear que Dr. Wilczek prevê, nem centenas de outras reviravoltas nas ciências físicas e biológicas.
Há poucas semanas, no campo, longe das luzes da cidade, eu vi um céu inteiro “pulverizado de estrelas” (nas palavras de Milton); este céu, eu imaginei, pode ser visto apenas em altos e secos planaltos, como o Atacama, no Chile (onde está um dos mais poderosos telescópios do mundo). Foi o esplendor celestial que de repente me fez perceber quão pouco tempo, quão pouca vida eu tenho restante. Meu senso de beleza paradisíaca, de eternidade, foi inseparavelmente misturado com um senso de transitoriedade — e morte — para mim.
“Eu gostaria de ver um céu assim novamente quando eu estiver morrendo”, disse aos meus amigos Kate e Allen.
“Levaremos sua cadeira de rodas para fora”, eles disseram.
Eu tenho sido reconfortado desde que escrevi, em fevereiro, sobre ter câncer metastático, através das centenas de cartas que tenho recebido, as expressões de amor e valorização, e a sensação de que (apesar de tudo) eu tenho vivido uma vida boa e útil. Eu permaneço muito feliz e grato a tudo isso — ainda que nada disso me atinja como atingiu aquela noite cheia de estrelas.
Leia o texto completo (em inglês).
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Oliver Sacks nasceu em Londres, em 1933. Formou-se em medicina e em 1960 emigrou para os Estados Unidos. Com Enxaqueca iniciou sua carreira de escritor. É autor de 13 livros, todos publicados no Brasil pela Companhia das Letras, entre eles O homem que confundiu sua mulher com um chapéu, O olhar da mente, Alucinações musicais e A mente assombrada. Em julho de 2015, lançou no Brasil sua autobiografia, Sempre em movimento.
“Bring your lips to mine
so that out of my mouth
my soul may pass into yours.” - Diderot...
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Dicas
fonte: http://inlovelab.blogs.sapo.pt
#12 coisas que todos os freelancers deviam saber
Apresentador de podcasts, freelancer e autor, Chris Hawkins, fundador da consultora web Cogeian Systems, reuniu doze lições importantes que aprendeu ao longo de 12 anos enquanto freelancer. Apesar de poderem parecer simples e às vezes contraditórias, acreditamos que estes insights podem ser extremamente úteis para quem aí desse lado procura lançar-se a solo.
#1. Dispensar trabalho pode ser uma boa ideia.
Há sempre momentos em que um freelancer sente o nervosismo de ter as contas por pagar ou prazos a vencer e é nesses momentos que clientes menos recomendáveis aproveitam o momento para explorar, tirar partido ou exigir mais do que foi contratado. Não podemos deixar de pagar a renda de casa, mas o que Hawkins sugere que façamos é que no momento inicial de contacto com o cliente, se existem vários sinais de que esse é um desses clientes, nos questionemos sobre se de facto é crucial aceitarmos este trabalho. Na maioria das vezes não compensa a chatice.
Claro que é mais fácil falar do que fazer, mas este tipo de critérios é o que nos ajuda a evoluir e não o contrário.
#2. Dispensar um cliente às vezes é uma ideia ainda melhor.
Se há um cliente que nos faz perder o sono, nos dá ansiedade, paga mal e atrasado, ou nos trata mal, voltamos à questão original: temos de repensar se vale a pena. Qual é o custo de oportunidade de manter este cliente? Cada minuto gasto com alguém assim, é tempo perdido e tempo que poderia ser aplicado em desenvolver novas técnicas, descobrir novos clientes.
#3. Se dormes muito ou bem, dorme mais.
Quando temos um negócio próprio, a necessidade de estarmos sempre a produzir mais e melhor é bem real e por vezes faz-nos esquecer que somos de carne e osso e que descansar o nosso corpo é crucial para que o cérebro funcione nas melhores condições. Esta dica aplica-se a todos, freelancers ou não, a questão prende-se com o facto de o freelancer depender apenas de si próprio e muitas vezes negligenciar a saúde em prol do negócio. Em vez de diretas, define um horário para trabalhar e um horário para descansar e segue-o à risca. Aos 25 não faz muita diferença, mas aos 40 a história já será outra.
terça-feira, 28 de julho de 2015
Citação
"Andamos e não chegamos.
O andar é tudo, princípio e fim."
Teixeira de Pascoaes
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segunda-feira, 27 de julho de 2015
Binary search algorithm
fonte: wikipedia
In computer science, a binary search or half-interval search algorithm finds the position of a target value within a sorted array.[1][2] The binary search algorithm can be classified as a dichotomic divide and conquer search algorithm and executes in logarithmic time.
In computer science, a binary search or half-interval search algorithm finds the position of a target value within a sorted array.[1][2] The binary search algorithm can be classified as a dichotomic divide and conquer search algorithm and executes in logarithmic time.
Escrever é...
“Escrever é retirar da sombra a essência do que sabemos. É disso que a escrita se ocupa”.
(Karl Ove Knausgard)
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O poder não é apenas aquilo que temos, mas aquilo que o inimigo julga que temos.
Saul Alinsky (1909-1972).
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sem título
sitiado pelo pranto.
Aquilo que primeiro se ama
são os olhos: porque incendeiam
com a sua luz a existência
reunida, olhando-se.
Mas a luz é uma causa
mortal. Ferido de transparência,
o meu coração oculta-se
e recolhe-se à beleza.
António Gamoneda
Há quem procure a felicidade e outros há que se deixam encontrar por ela.
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Une femme au cœur pâlePaul Eluard - Au coeur de mon amour
Met la nuit dans ses habits.
L'amour a découvert la nuit
Sur ses seins impalpables.
Indirection
fonte: wikipedia
In computer programming, indirection is the ability to reference something using a name, reference, or container instead of the value itself. The most common form of indirection is the act of manipulating a value through its memory address. For example, accessing a variable through the use of a pointer. A stored pointer that exists to provide a reference to an object by double indirection is called an indirection node. In some older computer architectures, indirect words supported a variety of more-or-less complicated addressing modes.
A famous aphorism of David Wheeler goes: "All problems in computer science can be solved by another level of indirection";[1] this is often deliberately mis-quoted with "abstraction layer" substituted for "level of indirection". Kevlin Henney's corollary to this is, "...except for the problem of too many layers of indirection."
Humorous Internet memorandum RFC 1925 insists that:
Recursive data types are usually implemented using indirection because otherwise if a value of a datatype can contain the entirety of another value of the same datatype, there is no limit to the size a value of this datatype could need.
When doing symbolic programming from a formal mathematical specification the use of indirection can be quite helpful. To start with a simple example the variables x, y and z in an equation such as can refer to any number. One could imagine objects for various numbers and then x, y and z could point to the specific numbers being used for a particular problem. The simple example has its limitation as there are infinitely many real numbers. In various other parts of symbolic programming there are only so many symbols. So to move on to a more significant example, in logic the formula α can refer to any formula, so it could be β, γ, δ, ... or η→π, ς ∨ σ,.... When set-builder notation is employed the statement Δ={α} means the set of all formulae — so although the reference is to α there are two levels of indirection here, the first to the set of all α and then the second to a specific formula for each occurrence of α in the set Δ.
In computer programming, indirection is the ability to reference something using a name, reference, or container instead of the value itself. The most common form of indirection is the act of manipulating a value through its memory address. For example, accessing a variable through the use of a pointer. A stored pointer that exists to provide a reference to an object by double indirection is called an indirection node. In some older computer architectures, indirect words supported a variety of more-or-less complicated addressing modes.
A famous aphorism of David Wheeler goes: "All problems in computer science can be solved by another level of indirection";[1] this is often deliberately mis-quoted with "abstraction layer" substituted for "level of indirection". Kevlin Henney's corollary to this is, "...except for the problem of too many layers of indirection."
Humorous Internet memorandum RFC 1925 insists that:
(6) It is easier to move a problem around (for example, by moving the problem to a different part of the overall network architecture) than it is to solve it.Object-oriented programming makes use of indirection extensively, a simple example being dynamic dispatch. Higher-level examples of indirection are the design patterns of the proxy and the proxy server. Delegation is another classic example of an indirection pattern. In strongly typed interpreted languages with dynamic datatypes, most variable references require a level of indirection: first the type of the variable is checked for safety, and then the pointer to the actual value is dereferenced and acted on.
- (6a) (corollary). It is always possible to add another level of indirection.
Recursive data types are usually implemented using indirection because otherwise if a value of a datatype can contain the entirety of another value of the same datatype, there is no limit to the size a value of this datatype could need.
When doing symbolic programming from a formal mathematical specification the use of indirection can be quite helpful. To start with a simple example the variables x, y and z in an equation such as can refer to any number. One could imagine objects for various numbers and then x, y and z could point to the specific numbers being used for a particular problem. The simple example has its limitation as there are infinitely many real numbers. In various other parts of symbolic programming there are only so many symbols. So to move on to a more significant example, in logic the formula α can refer to any formula, so it could be β, γ, δ, ... or η→π, ς ∨ σ,.... When set-builder notation is employed the statement Δ={α} means the set of all formulae — so although the reference is to α there are two levels of indirection here, the first to the set of all α and then the second to a specific formula for each occurrence of α in the set Δ.
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" Os Principios absolutos permanecem por formular"
(Zhuang Zi)
domingo, 26 de julho de 2015
sites de apoio ao livro
A Student’s Guide to Python for Physical Modeling
Jesse M. Kinder & Philip Nelson
Physical Modeling With Python (site de apoio ao livro)
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Quatro poemas de Matilde Campilho
PRÍNCIPE NO ROSEIRALEscute lá
isto é um poema
não fala de amor
não fala de cachecóis
azuis sobre os ombros
do cantor que suspende
os calcanhares
na berma do rochedo
Não fala do rolex
nem da bandeirola
da federação uruguaia
de esgrima
Não fala do lago drenado
na floresta americana
Não diz nada sobre
a confeitaria fedorenta
que recebe os notívagos
para o café da manhã
quando o dia já virou
Isto é um poema
não fala de comoções
na missa das sete
nem fala da percentagem
de mulheres que se espantam
com a imagem do marido
aparando a barba no ocaso
Não fala de tratores quebrados
na floresta americana
não fala da ideia de norte
na cidade dos revolucionários
Não fala de choro
não fala de virgens confusas
não fala de publicitários
de cotovelos gastos
Nem de manadas de cervos
Escute só
isto é um poema
não vai alinhar conceitos
do tipo liberdade igualdade e fé
Não vai ajeitar o cabelo
da menina que trabalha
com afinco na caixa registadora
do supermercado
Não vai melhorar
Não vai melhorar
isto é um poema
escute só
não fala de amor
não fala de santos
não fala de Deus
e nem fala do lavrador
que dedicou 38 anos
a descobrir uma visão
quase mística
do homem que canta
e atravessa
a estrada nacional 117
para chegar a casa
ou a algum lugar
próximo de casa.
***
COQUEIRAL
A saudade é um batimento que rebenta assim
vinte e oito vezes desde meu ombro tatuado
de desastre até à rosa pendurada em sua boca
E o amor, neste caso específico, é um mergulho
destemido que deriva quase sempre de uma nota
climática apenas para convergir no osso frontal
do crânio do rei da ilusão – terno é o seu rosto
Senhor, os ossinhos do mundo são de mel e ouro.
***
DESCRIÇÃO DA CIDADE DE LISBOA
A rapariga a pensar naquilo, a rapariga ao sol, menina a comer cachorro quente, menina a dançar na rua, rapariga do dedo no olho, do dedo na árvore. Rapariga de braços levantados, rapariga de pés baixos, rapariga a roer as unhas, rapariga a ler jornal, rapariga a beber um líquido chardonnay, rapariga no vão de escada, rapariga a levar na cara. Rapariga aflita, rapariga solta, rapariga abraçada, rapariga precisada. Rapariga a fumar charuto, rapariga a ler Forster, rapariga encostada na palmeira, rapariga a tocar piano. Rapariga sentada em Mercúrio ao lado de um leão, rapariga a ouvir discurso de Ghandi, rapariguinha do shopping. Rapariga feita de átomos e sombra. Rapariga de um ponto ao outro e medindo quarenta e dois centímetros, rapariga impávida, rapariga serena. Rapariga apaixonada por igreja quinhentista, rapariga na moto a trocar velocidades a mudar o jeito. Rapariga que oferece à visão o hábito da escuridão e depois logo se vê. Rapariga de ossos partidos, rapariga de óculos negros, rapariga de camisola em poliéster, rapariga debruçada na cadeira da frente no cinema, rapariga a querer ser Antonioni. Rapariga estável, rapariga de mentira, rapariga a tomar café em copo de plástico, rapariga orgulhosa, rapariga na proa da nau africana. A rapariga a cair no chão, rapariga de pó na cara, rapariga abstémia, rapariga evolucionista. Rapariga de rosto cortado pela faca de Alfama, rapariga a fugir de compromissos, rapariga a mandar o talhante à merda, rapariga a assobiar, rapariga meio louca. Rapariga a deslizar manteiga no pão, rapariga a coçar um cotovelo, rapariga de cabelo azul. Rapariga a brincar com um isqueiro no bolso, rapariga a brincar com um revólver nas calças, rapariga a nadar, rapariga molhada, rapariga a pedir uma chance só mais uma ao santo da cidade. Rapariga a ostentar decote no inverno, rapariga a olhar pelo canto do olho esquerdo, rapariga a ser homem, rapariga na cama. Rapariga a subir o volume, rapariga a querer ser Dylan, rapariga a cuspir no chão. A rapariga a girar a girar a girar a girar no eixo de uma saia de seda amarela. Amarela da cor de um feixe de luz apanhado numa esquina.
***
ATÉ AS RUÍNAS PODEMOS AMAR NESTE LUGAR
Lembro-me muito bem do tal cantor basco
que costumava celebrar a chuva no verão
Não ligava quase nada para as conspirações
que recorrentemente se faziam ouvir
debaixo das arcadas noturnas da cidade
naquela época do intermezzo lunar
Foi já depois do fascismo, um pouco antes
da democracia enfaixada em magnólias
O cantor, as arcadas, o perfume e os disparos
me ensinaram que se deve aproveitar a época
de transição para destrinçar o brilho
As revoluções sempre foram o lugar certo
para a descoberta do sossego:
talvez porque nenhuma casa é segura
talvez porque nenhum corpo é seguro
ou talvez porque depois de encarar uma arma
finalmente possa ser possível entender
as múltiplas possibilidades de uma arma.
[in Jóquei, Tinta da China, 2014]
aprender a duvidar das nossas convicções...
...
Por fim, para desenvolver o nosso potencial filosófico, é preciso
aprender a duvidar das nossas convicções. Por entre as ideias que nos
são mais afeiçoadas, é interessante tentar compreender como é que elas
se desenvolveram no nosso espírito. Este exercício é tipicamente
socrático e parece-me de grande utilidade. Se a ideia não foi registada
de um modo passivo, é importante reconstruir a sua história... Quem vos
falou nisso? Onde é que a ouvimos? Onde é que a lemos? Reconstituir o
caminho de uma ideia, é ter consciência de que a maior parte delas (ideias)
têm percursos caóticos que importa solidificar. E é, ao mesmo tempo, um
convite para não nos alistarmos de maneira excessivamente rápida na
defesa de uma convicção contra outra convicção.
Alain Badiou (1937), em entrevista a L'Obs. (nº 2645).
Lec 8 | MIT 6.00SC Introduction to Computer Science and Programming, Spr...
Efficiency and Order to Growth
?
Why shouldn't we test for equality with floats?
Because computers use binary, floats are actually very close approximations of the actual values. Testing for equality can result in an unexpected error, so it's better to determine whether two numbers are close enough for our purposes rather than precisely equal.
Because computers use binary, floats are actually very close approximations of the actual values. Testing for equality can result in an unexpected error, so it's better to determine whether two numbers are close enough for our purposes rather than precisely equal.
O mito do colesterol - Jornal Público
Se
o aumento da taxa de colesterol é um meio que o organismo encontra para
se proteger, então baixar a sua taxa com medicamentos não parece boa
ideia.
Na
luta contra as doenças cardiovasculares, sempre que se pensa em
arteriosclerose é admitido, desde há muito tempo, que o culpado é o
colesterol que se vai depositando nas artérias, entupindo-as
progressivamente a uma velocidade proporcional ao seu nível no sangue.
Ora a verdade é que esta teoria não repousa em nenhum dado científico
bem sustentado.
Na
realidade, não só a investigação comprova que três quartos das pessoas
que têm o primeiro ataque cardíaco têm níveis normais de colesterol,
como estudos recentes indicam que os tratamentos, em muitas situações,
acabam por ser bem mais nocivos.
Reportando-nos
exclusivamente aos problemas cardiovasculares, têm-se negligenciado
muitas vezes a importância dos numerosos efeitos secundários provocados
pelos tratamentos para baixar o colesterol, essencialmente perda de
memória, fraqueza muscular e ligamentosa, impotência sexual e diabetes
tipo2, alterações digestivas e hepáticas, dores de cabeça, edemas,
vertigens, alterações cognitivas e alergias cutâneas.
No
caso das estatinas, drogas que bloqueiam, no fígado, a enzima
responsável pela produção do colesterol, essencial para a nossa
sobrevivência, talvez nos dias que correm os medicamentos que mais se
vendem em todo o mundo, utilizadas para baixar o colesterol total e a
fracção LDL do colesterol, (sendo que este último, embora não seja mais
que um transportador do colesterol do fígado, onde ele é fabricado, para
os tecidos que dele têm necessidade é considerado ridiculamente “mau
colesterol”, em contraponto com a fracção HDL, considerada “bom
colesterol”, outro mero transportador do mesmo colesterol, dos tecidos
que o utilizaram, para o fígado - a sua central de fabrico e
reciclagem), o risco de diabetes e obesidade resultante da sua toma foi
ainda há pouco tempo denunciado pela comunidade científica.
Assim,
em Março de 2012 a Agência Europeia do Medicamentos (EMA) reconheceu a
gravidade do efeito diabetogénico das estatinas e recomendou aos
laboratórios que os seus efeitos secundários passem a ser claramente
anotados nas normas de utilização, norma que, parece, nem sempre
comprida.
Mas
não é tudo. Começa a aparecer cada vez mais evidência mostrando que as
estatinas pioram também a saúde cardíaca, revelando não só que não
seguras como também não são muito eficazes. Um estudo recentemente
publicado, revelou, em contraste com o aquilo que é hoje comummente
aceite (a redução do colesterol com estatinas diminuem a
arterioesclerose), que estas drogas podem, pelo contrário, estimular a
arteriosclerose e a insuficiência cardíaca (Expert Review of Clinical Pharmacology.2015 Mar;8(2):189-99).
Alguns mecanismos fisiológicos discutidos no estudo mostraram que as estatinas podem piorar a saúde do coração de várias formas:
- Inibindo a função da vitamina K2, necessária para proteger as artérias da calcificação;
- Danificando a mitocôndria, prejudicando a produção de ATP (responsável pela energia do músculo cardíaco).
- interferindo com a produção de CoQ10, como se referirá mais adiante;
-
O mesmo com proteínas contendo selénium, tais como a glutationa
peroxidase, cruciais para prevenir o dano oxidativo do tecido muscular.
Considerando todos estes riscos, os autores concluíram que “as
epidemias da insuficiência cardíaca e arteriosclerose, quais pragas do
mundo moderno, podem ser paradoxalmente agravadas pelo uso difuso de
estatinas. Nós propomos que os correntes manuais de tratamento com
estatinas sejam criticamente reavaliados”.
No
que diz respeito às doenças cardiovasculares, em que o colesterol teima
em aparecer como o mau da fita, há uma grande incerteza sobre as suas
causas e têm surgido as teorias mais contraditórias.
Sabe-se
que aquilo a que se chama “placa” ateromatosa, que reduz o diâmetro das
artérias, é principalmente constituída por células compostas pelo
tecido muscular liso das artérias (proliferarando anormalmente), cálcio,
ferro e colesterol, sendo este minoritário, funcionando como um
curativo qual penso reparador do desgaste provocado pela inflamação
da parede das artérias, esta sim a verdadeira má da fita nesta questão
da formação da placa ateromatosa e da consequente arteriosclerose. Daí a
importância do seu biomarcador – a PCR (Proteína C Reativa) – estar
abaixo de 0,5. Quem o tem abaixo deste valor pode comer gorduras à
vontade.
Sendo
assim, se o aumento da taxa de colesterol é um meio que o organismo
encontra para se proteger, então baixar a sua taxa com medicamentos,
estatinas ou quaisquer outros, não parece boa ideia.
Se
as taxas estiverem elevadas, tal deverá ser sempre considerado como um
problema essencialmente de estilo de vida, que se corrigirá,
prioritariamente, modificando o comportamento e a alimentação (de
relevar a toma diária de 3 gramas diários de Ómega 3).
As
únicas pessoas que podem tirar partido das estatinas são as que sofrem
de hipercolesterolémia familiar, uma doença rara que dá uma taxa elevada
de colesterol (para cima de 330) qualquer que seja a alimentação e o
modo de vida. Se se tiver que as tomar, dever-se-á tomar também CoQ10 ou
ubiquinol, co-enzimas também anti-oxidantes cuja produção está
igualmente bloqueada pelas estatinas.
Para reduzir o risco cardiovascular, as melhores medidas a tomar são:
-
Substituir a alimentação industrial, transformada e artificial, por
alimentos frescos pouco cozinhados, se possível biológicos, cultivados
localmente;
-
Aumentar o consumo de gorduras boas para a saúde como o abacate, peixes
gordos, ovos biológicos inteiros, gordura de nós de coco, nozes,
amêndoas, avelãs e azeite de oliva, de forma que o rácio entre o ómega 3
e o ómega 6 ande entre 1/1 e 1/5 (e não 1/20 como acontece com a actual
alimentação ocidental);
- Optimizar a ingestão de cálcio, magnésio, sódio e potássio, optando sempre que possível por legumes biológicos;
-
Monitorar a taxa de vitamina D optando pela exposição ao sol –
conseguir-se-ão níveis óptimos com uma exposição de 20 minutos em pelo
menos ¾ partes do corpo -, acompanhada de vitamina K2 para evitar a
calcificação das artérias;
- Restaurar os níveis hormonais, principalmente da testosterona, com hormonas bio-idênticas;
- Parar de fumar e não beber mais de um copo de vinho tinto por dia;
- Fazer exercício físico regularmente;
-
Cuidar da higiene bucal e dentária – as pessoas com má higiene da sua
boca têm 70% de risco de desenvolver uma doença cardíaca em contraponto
com as pessoas que lavam os dentes pelo menos duas vezes por dia;
-Evitar
as estatinas (salvo no caso da hipercolesterolémia familiar), que fazem
baixar as taxas de colesterol artificialmente, sem esforço, mas com o
risco de numerosos efeitos indesejáveis, como se referiu.
-
Melhorar a sensibilidade à insulina – para tal optar por um regime com
índice glicémico baixo como a batata-doce (melhor que a batata), o mel
(melhor que o açúcar), as leguminosas como as ervilhas, os feijões e as
favas (melhor que os cereais).
Com esta finalidade, considerar também o ácido alfa-lipóico (400 mg/dia).
O
colesterol é uma molécula natural produzida 70% pelo organismo,
principalmente pelo fígado, (os restantes 30% provêm dos alimentos), que
o utiliza como um verdadeiro cimento: ao nível dos músculos, para os
reparar quando estão fragilizados depois dum exercício físico; ao nível
do cérebro, para ajudar os neurónios a melhor comunicar entre si; ao
nível das artérias, para as reparar quando são lesadas.
Ele
é uma das substâncias mais importantes, não só indispensável à
regeneração das células e à formação das suas membranas, à metabolização
de vitaminas como a A, D, E e K, à produção de ácidos biliares
importantes na digestão das gorduras, essencial, como se disse, para o
cérebro (contém cerca de 25 % de todo o colesterol do corpo, sendo
critico na formação das sinapses que permitem o pensamento, a
aprendizagem e a formação da memória) como à síntese de hormonas tão
vitais para a nossa existência como as hormonas sexuais – testosterona,
progesterona e estrogéneo (há quem considere que ter taxas de colesterol
elevado a partir dos 65 anos é sinal de longa vida e de virilidade...),
as hormonas do stress – glucocorticóides como o cortisol, e à mais
importante de todas – a vitamina D, como as hormonas sexuais ela também
uma hormona esteróide, sendo que uma pele com níveis insuficientes de
colesterol não é capaz de a produzir.
Médico, doutorado em Ciências da Educação e diplomado em medicina anti-envelhecimento
!
O que é a vida?
É o brilho efémero de um pirilampo na noite.
É o sopro quente de um bisonte no pico do inverno.
É a pequena sombra fugidia que percorre o solo e se extingue ao pôr-do-sol.
Crawfoot, guerreiro pé-negro.
A pobreza
. . .
“The main thing is to be moved, to love, to hope, to tremble, to live.”
- Auguste Rodin ...
- Auguste Rodin ...
a sacerdotisa do tempo
O Projeto da subjetividade frente às armadilhas do tempo. Como sobreviver aos imperativos do mundo social? Uma reflexão sobre estória, memórias e tempos plurais a partir de uma jornada pela vida.
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Schopenhauer em 'A Arte de Ser Feliz'...
"Precisamos de tentar chegar ao ponto de ver o que possuímos exactamente com os mesmos olhos com que veríamos tal posse se ela nos fosse arrancada. Quer se trate de uma propriedade, de saúde, de amigos, de amantes, de esposa e de filhos, em geral percebemos o seu valor apenas depois da perda. Se chegarmos a isso, em primeiro lugar a posse irá trazer-nos imediatamente mais felicidade; em segundo lugar, tentaremos de todas as maneiras evitar a perda, não expondo a nossa propriedade a nenhum perigo, não irritando os amigos, não pondo à prova a fidelidade das esposas, cuidando da saúde das crianças etc.
Ao olharmos para tudo o que não possuímos, costumamos pensar: 'Como seria se fosse meu?', e dessa maneira tornamo-nos conscientes da privação. Em vez disso, diante do que possuímos, deveríamos pensar frequentemente: Como seria se eu o perdesse?"
sábado, 25 de julho de 2015
Expressões À Moda do Porto
Aguça = afia lápis
Dar o fanico/treco/badagaio = desmaiar
Sostra = preguiçosa
Esbardalhou-se todo = caiu
Picar o ponto = namorar
Laurear a pevide = passear
Bezana/moca/piela/borracheira = bebedeira
Está toda comida do cérebro = maluca
Dar a breca = cãibra
Bateu a caçoleta = morreu
Alapar = assentar
Morfar/encher a mula = comer
Amarfanhar = apertar bem alguma coisa
Fodi a boca a um gajo e mandei duas putas a outro = Parti a boca a um gajo e dei dois estalos a outro
Lebar uma lapada ou lebar nas bentas = Levar um estalo
Um foguete na perna = uma malha puxada do collant
Cara cheia de espinhas = borbulhas
Bater um couro = engatar
Bujão = rabo
Pia baixinho/baixa a bolinha/sossega a sapatilha/axantra a mula = acalma-te
Não tenho mão nela = Não a consigo controlar
Cresce e aparece / andor bioleta = desaparece
Engolir sapos = guardar para si algo em vez de falar o que apetece
Adianta um grosso = não vale de nada
Aquele foi dentro = Aquele foi preso
Pildra/Choldra = prisão
Chaço = carro velho
Tás c'o tao = maldisposto
És boua comó milho = és jeitosa
Lorpa = parvo
Mitra = infiltrado
Ladra-me baixo! = Fala mais baixo
Livro na net
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cada vez mais táctil
a lua na voz
a noite pertence-nos
volúvel na
epiderme.
a lua na voz
a noite pertence-nos
volúvel na
epiderme.
aj c.
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aj c.,
poemas muito curtos,
poesia
Local:
portugal
Poeta
Manuel Gusmão
Manuel Gusmão nasceu em Évora, em Dezembro de 1945, e é professor na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi deputado na Assembleia Constituinte e na 1.ª legislatura da Assembleia da República, eleito pelo PCP. Tem reconhecida obra no domínio do ensaio, designadamente sobre Fernando Pessoa, Carlos de Oliveira, Nuno Bragança, Maria Velho da Costa, Luiza Neto Jorge e Gastão Cruz. Estreou-se como poeta apenas aos 45 anos, em 1990, com "Dois Sóis, A Rosa a Arquitectura do Mundo". Seis anos depois, publicou "Mapas, o Assombro a Sombra". Mas foi com "Teatros do Tempo" que o eco da sua obra (toda publicada na Caminho) se alargou. Além do bom acolhimento crítico, o livro esgotou e foi reeditado em poucos meses. In Instituto-Camoes.pt
MIT : Introduction to Computer Science and Programming
Think Python: How to Think Like a Computer Scientist
http://www.greenteapress.com/thinkpython/html/index.html
Allen B. Downey
Version 2.0.16
- Preface
- The way of the program
- Variables, expressions and statements
- Functions
- Function calls
- Type conversion functions
- Math functions
- Composition
- Adding new functions
- Definitions and uses
- Flow of execution
- Parameters and arguments
- Variables and parameters are local
- Stack diagrams
- Fruitful functions and void functions
- Why functions?
- Importing with from
- Debugging
- Glossary
- Exercises
- Case study: interface design
- Conditionals and recursion
- Fruitful functions
- Iteration
- Strings
- Case study: word play
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- Dictionaries
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- Case study: data structure selection
- Files
- Classes and objects
- Classes and functions
- Classes and methods
- Inheritance
- Case study: Tkinter
- Debugging
- Analysis of Algorithms
- Lumpy
- Index
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