Amor não é vontade, nem paixão,
sequer desejo violento, nem destino.
Todas as noites vens,
serena, meu milagre
humano, és símbolo divino do meu desatino.
É isso o amor?
tranquilidade cega, loucura recatada,
devaneio e endeusado tormento
o recomeçar ao meio da jornada,
a idolatrada esperança de um quase conhecimento.
Nenhum outro limite me habita
senão o do arco do teu sorriso
por todo o espaço.
Eu não te escolhi. De amar
tudo foi criado, real ou imaginário.
Inclinei-me
e cedi ao poder do teu Verão.
aj c. (2015)