sábado, 17 de setembro de 2016

Nos teus quartos forrados de luar

Onde nenhum dos meus gestos faz barulho

Voltar.

E sentar-me um instante

Na beira da janela contra os astros

E olhando para dentro contemplar-te,

Tu dormindo antes de jamais teres acordado,

Tu como um rio adormecido e doce

Seguindo a voz do vento e a voz do mar

Subindo as escadas que sobem pelo ar.


Sophia de Mello Breyner Andresen

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