quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Onde, nas Várias Estações

Onde, nas várias estações, acordamos vívidos, sendo 
cada sentido para a intimidade, a do ar, dos hálitos, 
ou seja do diverso vento, o dos próprios livros (título). 
Quem permanece entre um duplo tempo: de solstícios, a rarefacção, 
ou o de equinócio como espessura. Tal como a chuva e sóis abertos 
são o tempo límpido, assim a neblina ou fragrância 
estão densas. Em superfícies, em cintilações ter (ser) 
a visão de um solo: como, entre as naturezas 
(viva, morta), colocar o objecto, floricultura: novamente 
sob a monção (os ventos), ante as manhãs frágeis, de quem escutar 
a vigília que chame: sendo cada sentido para a intimidade?

Fiama Hasse Pais Brandão (1939-2007)
Obra Breve

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