Eu quero que tu saibas, acima de tudo,
que não entendo o sentido deste amor:
as noites frias de um inverno enclaustrado
ou o calor desgastante destas tardes
quando passeio e me recordo dos lugares que fomos juntos.
A manhã com vento no Alcázar
e tua saia voava como fazem as folhas dos salgueiros.
Quero que saibas, se não for moléstia,
que eu tenho saudades de:
teus risos, teu cabelo, teus detalhes pendentes de um fio,
aquele abraço lento e fugitivo no canto do parque
com um te quero muito e uma lágrima.
Lembro-me de teus passos na calçada
iam deixando sombras, e até à melancolia,
porque não é possível amar e ser amado
sem que venha a neblina
e desvaneça depois teus risos, teu cabelo,
e assim quero que tu saibas que te amo.
Javier Sanchez Menendez
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