segunda-feira, 10 de abril de 2017

"Mírame, digo, ven a ver qué ocurre
        en el país vacío de mis ojos,
        en la desalentada pesadumbre
        de mi cuerpo, en la noche de mi vida.
        Sal de ti, dices, sal de tu silencio
        desabitado y dame una palabra
        que me devuelva al mundo y me rescate
        de este pozo de angustia y de amargura.
        Mírame, sal de ti, dame el abismo
        de tu amor, quémame, muérdeme el alma,
        rómpeme, dale al viento mis cenizas.
        Digo, dices, decíamos, diremos… "

             Luis Alberto de Cuenca.

"Olha para mim, digo, vem a ver o que ocorre
no país vazio de meus olhos,
na desalentada melancolia
de meu corpo, na noite da minha vida.

Sai de ti, dizes, sai de teu silêncio
desabitado e dá-me uma palavra
que me devolva ao mundo e me resgate
de este poço de angústia e de amargura.

Olha para mim, sai de ti, dá-me o abismo
de teu amor, queima-me, morde-me a alma,
rompe-me, dá ao vento as minhas cinzas.

Digo, dizes, dizíamos, diremos..."

Luis Alberto de Cuenca.

(trad. antónio.J.carneiro)

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