sexta-feira, 31 de março de 2017

" Desnuda y adherida a tu desnudez.
      Mis pechos como hielos recién cortados,
      en el agua plana de tu pecho.
      Mis hombros abiertos bajo tus hombros.
      Y tú, flotante en mi desnudez.
      Alzaré los brazos y sostendré tu aire.
      Podrás desceñir mi sueño
      porque el cielo descansará en mi frente.
      Afluentes de tus ríos serán mis ríos.
      Navegaremos juntos, tú serás mi vela
      y yo te llevaré por mares escondidos.
      ¡ Qué suprema efusión de geografias !
      Tus manos sobre mis manos,
      tus ojos, aves de mi árbol,
      en la yerba de mi cabeza "

         Carmen Conde ( 1907-1996 )




Nua e ligada à tua nudez.
Meus seios como gelo recém-cortado,
na água plana do teu peito.
Meus ombros abertos sob teus ombros.
E tu, flutuante em minha nudez.
Levantarei os braços e sustentarei o teu ar.
Poderás desatar meu sonho
porque o céu vai descansar à minha frente.
Afluentes de teus rios serão meus rios.
Navegaremos juntos, tu serás minha vela
e eu te levarei por mares ocultos.
Que suprema efusão de geografias!
Tuas mãos em minhas mãos,
Teus olhos, aves de minha árvore,
na erva da minha cabeça "
.
Carmen Conde (1907-1996)
.
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(trad. antónio.carneiro)

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