quarta-feira, 1 de março de 2017

Nunca saberemos



Nunca sabremos si los engañados
son los sentidos o los sentimientos,
si viaja el tren o viajan nuestras ganas,
si las ciudades cambian de lugar
o si todas las casas son la misma.
Nunca sabremos si quién nos espera
es quién debe esperarnos, ni tampoco
a quién tenemos que aguardar en medio
de un frío andén. Nada sabemos.
Avanzamos a tientas y dudamos
si esto que se parece a la alegría
es la señal definitiva
de que hemos vuelto a equivocarnos.

Amalia Bautista


Nunca saberemos se os enganados
são os sentidos ou os sentimentos,
se viaja o comboio ou se viajam as nossas vontades,
se as cidades mudam de lugar
ou se todas as casas são a mesma.
Nunca saberemos se quem nos espera
é quem deve esperar-nos, nem tão pouco
a quem temos de esperar
num frio cais. Nada sabemos
Avançamos às apalpadelas e duvidamos
se isto que se parece com a alegria
é o sinal definitivo
de que voltámos a enganar-nos.

Amalia Bautista

(Trad. aj c.)

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