Nunca o Amor foi breve,
quando deu fruto.
(Cantai, aves do ar,
em volta do seu berço!)
Sagre-o a Dor, nenhum Amor é vão.
Exulta, voz das ondas!
-- O seu Amor floriu, deu fruto,
como as árvores.
Cantai, aves do ar,
em volta do seu berço.
Cintilantes do Sol, saltai ao Sol,
peixes do Mar.
nunca o Amor foi triste. Nem a Vida
foi menos bela.
Baila contente, lágrima!,
baila nos olhos dela.
Sebastião da Gama,
Pelo Sonho É que Vamos
(póst., 1953)
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