terça-feira, 26 de abril de 2016

O verão passa e o estio se anuncia
que o outono se há-de ser e logo inverno
de que virá nascida a primavera.
Mais breve ou longo se renova o dia
sempre da noite em repetir-se, eterno.
Só o homem morre de não ser quem era.
Jorge de Sena, Exorcismos, 1972. Republicado na compilação Poesia III, Lisboa: Editorial Presença, 1989.

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