ECOS DA MÚSICA DE BEETHOVEN
Feliz aquele que, livre dos sentidos,
Paira como um espírito sobre as águas,
E não como um navio, mudando
Com o temo as bandeiras, e as velas
Enfunando ao sabor dos ventos.
Não, livre dos sentidos, como o Deus,
Conhecendo-se apenas e criando a obra,
Cria o mundo, ele próprio.
E é esse o pecado do homem,
E não foi essa a sua vontade!
Mas tudo está dividido.
A ninguém foi dado tudo, pois tudo
Tem senhor, só o Senhor não:
Solitário, a ninguém serve.
Como o poeta.
Paira como um espírito sobre as águas,
E não como um navio, mudando
Com o temo as bandeiras, e as velas
Enfunando ao sabor dos ventos.
Não, livre dos sentidos, como o Deus,
Conhecendo-se apenas e criando a obra,
Cria o mundo, ele próprio.
E é esse o pecado do homem,
E não foi essa a sua vontade!
Mas tudo está dividido.
A ninguém foi dado tudo, pois tudo
Tem senhor, só o Senhor não:
Solitário, a ninguém serve.
Como o poeta.
Clemens Brentano (1778-1848)
Trad. JoãoBarrento
in Rosa do Mundo 2001, pág. 1014
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