Se amas o negro
Karoline von Günderode (1780-1806)
Se amas o negro
Das noites de orvalho
Abominas a manhã.
Se te perdes no vermelho da tarde
Suspiras à mesa
Afastas a taça
Dos lábios.
Se não amas os prazeres da caça
Não te seduz a fama
Nem o clamor das batalhas.
Se as flores murcham
No teu peito mais depressa
Do que é normal
O sangue invade-te
Palpitante o coração.
tradução de João Barrento
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