segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Se amas o negro



Se amas o negro
Karoline von Günderode (1780-1806)

Se amas o negro
Das noites de orvalho
Abominas a manhã.
Se te perdes no vermelho da tarde
Suspiras à mesa
Afastas a taça
Dos lábios.
Se não amas os prazeres da caça
Não te seduz a fama
Nem o clamor das batalhas.
Se as flores murcham
No teu peito mais depressa
Do que é normal
O sangue invade-te
Palpitante o coração.

tradução de João Barrento


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