leva consigo uma folha.
A folha é enorme,
várias vezes o seu próprio tamanho.
Trata-se porém de um dever inevitável,
uma pura obediência atávica.
Na sua retaguarda
idênticas formigas vão fazendo o mesmo
com diversas folhas. Amanhã vão repetir
um ritual cuja razão totalmente ignoro.
Em breve, vou completar cinquenta anos.
Penso na formiga,
na sua cega dança até à morte.
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