quarta-feira, 23 de março de 2016

Faço pausa na música que está a tocar ( I can take you to heaven tonight do Otis Clay) para ouvir o canto dos pássaros que, juntamente com o sol, entra pela janela.
São belos sinais de Primavera em melodias maravilhosas.
Mas, entretanto, o cão no quintal do vizinho ladra e perturba o encanto.
Para piorar, outros cães de outros vizinhos se juntam ao concerto.
Não se pense que não gosto de cães. Não é nada disso.
Não gosto é de saber que, ao contrário dos passarinhos chilreantes e livres, o pobre cão está sempre muito triste, preso a uma corrente, à espera de nada.
Vem-me à ideia que quase todos os vizinhos cá da parvónia têm um cão, ou vários, mas todos os focinhados com um denominador comum: a prisão.
Com muita frequência acontece uma sinfonia de latidos chorosos muito desagradável. É a maneira que eles encontram de comunicar à distância uns com os outros e partilhar a sua solidão e sofrimento.
Os donos destes infelizes seres parecem-me muito orgulhosos de sua posse canina. Devem pensar que os seus deveres como proprietário de um canídeo de qualquer raça acabam no fornecimento de comida e alojamento prisional.
Só que não!
Tenho para mim que não se pode gostar de um animal se o mantivermos sempre preso.
Moral da história:
Não faças a um animal o que não gostarias que te fizessem.
Por isso, vizinho, se fazes o favor, vai dar um passeio ao teu cão regularmente para que eu possa ouvir os pássaros cantar sem interferências de lamentos e tristeza canina. Obrigado
Voilá
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...aj c.
de volta para música:
https://youtu.be/hlGk3Ea3x84


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