O areal é o desenho branco do teu corpo
E o rio corre como se tu não existisses…
Sonolentas pálpebras cerrando-se
As nuvens cortam as manchas do luar.
Aguardando o quebrar da tua voz
Que a sulcará de ternura e de ruído
A paz ronda a silenciosa margem
Onde se estende o teu vulto imaginado
egito gonçalves
o amor desagua em delta
editorial inova
1971
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