Que bom era exprimi-la!
Mas só posso sonhá-la...
Como era bom levá-la,
como era bom!... Tranquila!
Como era bom despi-la
ao poder encontrá-la!
-- Já não sorri. Não fala.
Da carne separá-la,
como era bom despi-la!
Acordá-la e despi-la,
do seu corpo despi-la!
mas a alma, que é sua,
que bom era levá-la!
para longe levá-la...
para bebê-la, nua.
-- Já não respira... Estua.
-- Já não responde... Cala.
Fernando de Paços,
in António Manuel Couto Viana (ed.), As Folhas de Poesia Távola Redonda
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