Pensar é uma incompreensível teimosia,
qualquer coisa como prolongar o perfume de uma rosa
ou perfurar com raios de luz
a espessura das trevas.
É também ultrapassar alguma coisa
através de uma insensata manobra
desde um barco acidentalmente submerso
até a uma navegação sem barcos.
Pensar é insistir
por uma solidão sem regresso.
Roberto Juarroz (1925-1995), in Poesia Vertical (1987).
Sem comentários:
Enviar um comentário