quinta-feira, 10 de março de 2016

Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus, em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma beberá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.



sophia de mello breyner andresen
sião
organização de al berto, paulo da costa domingos
e rui baião
frenesi
1987

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