Episódio 1. O soldado romano e a rapariga celta (e outros escândalos)

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Já repararam que a grande maioria das pessoas que falaram português ao longo dos tempos não sabia ler nem escrever? E, no entanto, o que sabemos da língua baseia-se naquilo que está escrito, nos papéis que sobram do turbilhão dos séculos.
Ora, a língua é muito mais do que esses restos de palavras escritas que, por acaso, encontrámos. É também por isso que é muito simplista dizer que a nossa língua nasceu quando surgiram os primeiros documentos escritos — para que eles aparecessem, muitas gerações já a teriam falado em casa e na rua.
Talvez um bom momento para procurar essa origem da língua que todos falamos seja, precisamente, a época em que nasceu quem viria a dar origem ao nosso calendário — mas, claro, temos de nos transportar para o extremo oposto do Império para assistirmos aos primeiros passos da nossa língua.
Vejamos, então, as pequenas histórias de quem viveu, trabalhou e amou na sucessão de falares que veio a dar à nossa Língua Portuguesa de agora.
É uma história longa, como sabemos, e por isso hoje ficaremos pelo primeiro episódio.