domingo, 17 de janeiro de 2016

ela traz na mão direita as ondas que o mar não quis:
enterra-as nos meus poemas, diz-me que assim
eu posso lembrar a mão que ficou na areia, pequena.

o deserto procura-nos. há um caminho que é só morte.

ela fica junto de mim, mil lágrimas e os meus olhos
começarão a ver, ela diz-me que vai ser assim.



vasco gato
um mover de mão
assírio & alvim
2000

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