Insónia
Sai um homempara fora de si mesmoe empurra o seu poemapara as páginas da noitelevanta-se da camae põe os polegaresa soletrar o brancoque julga nas paredescomeça a poesia anémica da pelea derrotar os mitose as coisas mais difusas parecem-lheformigas no solo da confusãoo hálito dos velhos despega-seda roupa e um mapa adoentadoparece-lhe um filme que vairoçar-lhe os dedos e mutilar a noite.Armando Silva Carvalho (1938)O que Foi Passado a Limpo
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