Fui tal qual uma criança
E tal qual um homem
Conjuguei com paixão
O verbo ser e a minha juventude
Com vontade de ser homem
Queremo-nos mal quando se é jovem
Um homenzinho
Teria querido fazer de mim uma criança grande
Mais forte e mais justa do que um homem
E mais lúcida do que uma simples criança
Juventude força fraterna
O sangue repete a primavera
A aurora é de todas as idades
Numa qualquer delas se abre a porta
Resplandecente da coragem
Como um diálogo de amantes apaixonados
O coração só tem uma boca para falar.
paul éluard
últimos poemas de amor
corpo memorável 1948
trad. maria gabriela llansol
relógio d´água
2002
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