sábado, 13 de fevereiro de 2016

[…]
Ao rés dos penedos vão
Em magote pelos quelhos.
Riba deles surge uma fila
Dos nossos bonés vermelhos.

«Parar! Fogo! Cada qual
Derrube um montenegrino.
Já, sem dó nem piedade,
Arrase-se o inimigo!»

Rebenta o fogo — os bonés
Das varas são derruídos:
E nós de bruços na mata,
Entre os arbustos escondidos.

Aos franceses respondemos
Em rajada, sivuplé.
«O que é isto — eles espantados —
Será eco?» Não, não é!
[…]

Aleksandr Púchkin (1799-1837)
O Cavaleiro de Bronze e Outros Poemas
(tradução do russo de Nina Guerra e de Filipe Guerra)

Sem comentários:

Enviar um comentário