segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Entrei no Café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação…
A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete de flores
— a concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que imagino.
E agora estou aqui a ouvir
a melodia sem contorno
deste acaso de existir
— onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.

José Gomes Ferreira

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