… Como nos cães,
tocados por seu dono,
vagueia todo o amigo da terra,
assim quisera eu minha palavra:
simples,
tímida nas pupilas,
com sílabas errantes de menino.
Improvisar o mundo,
e todo o diáfano do mundo,
com a data encontrada no orvalho
e com o sopro tépido da mão…
Pois o que vale é o real
escrito com a exalação do real,
e com o sedimento aéreo
do coração que pulsa chamado por seu dono,
leve,
muito levemente
oh, poema.
leopoldo maria panero
a rosa do mundo 2001 poemas para o futuro
tradução josé bento
assírio & alvim
2001
Sem comentários:
Enviar um comentário